"Exaltação", de Albertina Bertha
Nova autora entra no catálogo da Janela Amarela Editora.
Albertina Bertha estreou na literatura brasileira com o romance lírico Exaltação, causando um enorme impacto pelo teor sensual e erótico do texto.
Chocou a sociedade da época ao abordar de forma clara temas como adultério e a valorização do desejo da mulher. A obra chegou a ser condenada pela Liga das Senhoras Católicas, que proibiu a leitura pelas famílias conservadoras.
À primeira edição, publicada em 1916, seguiram-se várias reedições na primeira metade do século XX.
O livro conta a história de Ladice, uma jovem burguesa que se casa dentro dos padrões sociais da época, guardando em seu íntimo desejos mais amplos, mas encontra a oportunidade de realizar suas fantasias.
ISBN: 978-65-85000-31-4
Formato: 12x18 cm
Número de páginas: 332
Peso: 280 gr.
e-ISBN: 978-65-85000-32-1
Para conhecer um pouco de Exaltação, vale ler alguns trechos da crítica que o escritor português Mayer Garção publicou no jornal A Capital, de Lisboa, em 28 de março de 1916:
"[...] A obra da ilustre escritora brasileira tem esta grande qualidade: não é banal, e ― por que não dizê-lo? ― quase toda a literatura feminina, pelo menos a que em língua portuguesa se escreve, enferma dessa vulgaridade desesperadora. A arte moderna exige a confissão psicológica. Os grandes autores são aqueles que melhor, mais fielmente, mais francamente nos desvendam o mistério da sua alma. Nesse ponto de vista, a literatura masculina deu tudo. Nós conhecemos, através dela, todos os recessos do coração do homem. [...] Mas não conhecemos a alma da mulher senão através da alma do homem, e por maior que seja a intuição do gênio, a justeza do observador, eu creio que o homem miserandamente fracassa quando pensa conhecer bem a alma feminina, como a mulher se ilude quando julga conhecer bem a alma do homem. [...]
A heroína da Sra. D. Albertina Bertha não é um ser normal. É a grande amorosa, agitada pelos delírios da carne e do espírito. Essa Ladice, serpentina e exaltada, não é a mulher. É uma mulher. Mas essa mulher, intoxicada de amor, na frase feliz do Sr. Araripe Junior, abre o peito e a imaginação às claridades de um sol violento. Nada a retém. O seu amor é uma queixa e um bramido, é um hino e uma elegia. Canta triunfalmente a vida e a melancólica morte. É irreal no seu contorno, é real na sua alma, ― alma feita para o amor, só no amor, pensando, querendo-o com todos os delírios, como chama violenta que é, a assim aquece e consome."
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